A convenção de condomínio é o documento mais importante para a administração e funcionamento de um condomínio.
Trata-se de um conjunto de regras que estabelecem direitos e deveres dos moradores, delimita as responsabilidades do síndico e do conselho fiscal, define o uso das áreas comuns e organiza o processo de tomada de decisões dentro do condomínio.
Basicamente, ela funciona como a “constituição” do condomínio, instituindo uma convivência harmoniosa entre os condôminos e prevenindo conflitos.
Esse documento é obrigatório para condomínios verticais e horizontais e deve ser registrado em cartório para ter validade jurídica. O objetivo é garantir que a gestão do condomínio seja transparente e eficiente, assegurando que todos os moradores sigam normas previamente estabelecidas.
Vamos entender melhor!
Como é criada a convenção de condomínio?
A criação da convenção de condomínio ocorre no momento da constituição do condomínio, geralmente elaborada pela construtora ou incorporadora responsável pelo empreendimento.
O documento, obrigatório por lei (Lei nº 4.591/1964 e nº 10.406/2002), é redigido com base no Código Civil e deve ser aprovado pelos proprietários das unidades condominiais.
Para que tenha validade, é necessário que ao menos dois terços dos condôminos concordem com seu conteúdo e assinem a convenção.
Uma vez aprovada, a convenção precisa ser registrada em cartório de registro de imóveis, tornando-se, assim, de conhecimento público e obrigatória para todos os moradores.
Esse processo garante segurança jurídica e estabelece regras claras para a administração do condomínio.
Diferença entre convenção de condomínio e regimento interno
Embora muitos confundam os dois documentos, há diferenças essenciais entre a convenção de condomínio e o regimento interno.
A convenção de condomínio tem caráter mais amplo e estabelece normas gerais sobre o funcionamento do condomínio, como a destinação das unidades, os direitos e deveres dos condôminos, critérios de votação em assembleias e o papel do síndico. Por ser um documento mais robusto, sua alteração exige um quórum qualificado, geralmente de dois terços dos condôminos.
Já o regimento interno trata de regras mais específicas do dia a dia, como: horários de silêncio, uso das áreas comuns, regras para reformas, normas para animais de estimação e penalidades para infrações. Diferentemente da convenção, o regimento pode ser alterado com maior facilidade, dependendo do que estiver estabelecido na própria convenção do condomínio.
O que deve estar em uma convenção de condomínio?
A convenção de condomínio abrange diversos aspectos que impactam diretamente a convivência dos moradores e a administração do espaço. Entre os principais pontos que compõem esse documento destacam-se:
- Uso das áreas comuns: define como as áreas compartilhadas podem ser utilizadas, estabelecendo normas para espaços como: salão de festas, piscina, academia e garagem. Também pode especificar regras para visitantes e locatários.
- Assembleias e decisões: determina a periodicidade das reuniões, o quórum necessário para aprovar decisões e as pautas que podem ser discutidas.
- Funções do síndico: explica as responsabilidades do síndico, que incluem a gestão financeira do condomínio, cumprimento das normas estabelecidas, manutenção das áreas comuns e mediação de conflitos entre moradores.
- Segurança e convivência: estabelece diretrizes para garantir a segurança dos moradores, como: controle de acesso, uso de câmeras e procedimentos para emergências. Também pode abordar normas de convivência para evitar conflitos entre vizinhos.
- Direitos e deveres dos moradores: define as obrigações financeiras dos condôminos, como pagamento da taxa condominial, além de direitos como o uso adequado das áreas comuns e participação nas decisões coletivas.
É possível alterar a convenção de condomínio?
Sim, a convenção de condomínio pode ser alterada, mas o processo não é simples.
Como se trata de um documento essencial para a organização condominial, qualquer mudança precisa ser aprovada por, no mínimo, dois terços dos condôminos.
Além disso, a nova versão da convenção precisa ser registrada em cartório para que tenha validade legal.
Quais os desafios da convenção de condomínio?
Um dos principais obstáculos é a adaptação às mudanças. Com o tempo, novas demandas surgem, como a necessidade de regulamentar o home office em áreas residenciais ou o uso de aplicativos de hospedagem temporária.
Outro desafio é a resolução de conflitos entre moradores. Regras mal definidas ou desatualizadas podem gerar discussões frequentes e dificultar a mediação de problemas.
A convenção tem um impacto direto na vida dos moradores, já que determina o que é permitido ou não dentro do condomínio. Por isso, é essencial que ela esteja alinhada com a realidade dos condôminos.
Dicas para manter a convenção de condomínio atualizada
Para assegurar que a convenção esteja sempre alinhada às necessidades do condomínio e de seus moradores, algumas boas práticas podem ser adotadas:
- Comunicação com os condôminos: é fundamental que todos os moradores tenham conhecimento das regras e participem ativamente das discussões sobre eventuais mudanças.
- Auxílio profissional: contar com a assessoria de advogados especializados em direito condominial pode evitar problemas jurídicos e garantir que as alterações estejam dentro da lei.
- Acompanhamento da legislação: normas condominiais devem estar em conformidade com as leis vigentes, como o Código Civil e regulamentos municipais.
- Revisão periódica: o ideal é que a convenção seja revisada regularmente para certificar que continue eficaz e atenda às novas necessidades do condomínio.
A convenção, quando bem elaborada e atualizada, promove uma convivência mais harmoniosa e uma gestão eficiente, beneficiando todos os moradores.
Se você está em busca de um condomínio para morar ou investir, entre em contato com a Menin e conheça os empreendimentos.